terça-feira, julho 27, 2010

Caminhada - Avaliação

A celebração da Caminhada é por excelência o festejo que marca o fim da Caminhada quer individualmente quer em Clã.

Como já devem saber, ao longo deste ano escutista a IV secção desenvolveu um projecto (“ Aprender com a diferença”) onde o trabalho com pessoas com deficiência visual era a base de toda a Caminhada.

Aveiro – S. Jacinto foi o local escolhido, nos dias 17 e 18 de Julho, para os festejos e assim findar um marco na história do Clã nº 20. A actividade iniciou-se cedo, a viagem ainda era longa, e à chegada, o Centro Nacional de Formação Ambiental do CNE já se encontrava repleto de Escuteiros de diferentes nacionalidades.

Como estamos a falar de um ponto a litoral de Portugal, a praia era o local escolhido nos tempos livres (que ainda eram alguns).

Após momentos de descontracção e desporto, era altura de ganhar forças e estava na hora do merecido jantar.

A lua e as estrelas começaram a surgir no firmamento. A noite foi a altura aproveitada para os festejos propriamente ditos, onde a alegria e boa disposição redobraram e eram companhia permanente. Mas o corpo já pedia um merecido descanso (e enquanto uns descansaram, outros apenas tentaram).

A alvorada soou, e apesar de serem dias de festa, o encontro com Deus não podia ser esquecido, e a manhã de domingo foi aproveitada para assistir à Eucaristia na igreja de SãoJacinto. O ensejo de reflexão prolongou-se e findada a Eucaristia aproveitamos o momento para realizar uma avaliação final, não só de todo o percurso na realização da caminhada mas também de todo o ano escutista.

Após o almoço, e antes da partida usufruímos de uns últimos instantes na praia, onde momentos de brincadeira e divertimento eram uma constante.

O fim é também um momento de agradecimentos. E foram muitos os que nos ajudaram neste projecto. Aproveitamos, mais uma vez, para agradecer à ACAPO, não só à direcção mas a todos os seus associados pela disponibilidade e interesse demonstrado, agradecemos também a todos os escuteiros que nos ajudaram na concretização desta caminhada – Façam da nossa, a vossa aprendizagem – e por fim agradecemos às pessoas que confeccionaram o jantar para os associados da ACAPO, também elas nos mostraram o significado da palavra Servir. A todos o nosso obrigado.

E terminando com uma breve apreciação da Caminhada, o balanço é bastante positivo, diria mesmo – Missão Cumprida.

segunda-feira, julho 05, 2010

Explorador Radical!!!

Boas!

Nos passados dia 11 e 12 de Abril, o grupo de exploradores do nosso agrupamento realizaram o seu acampamento “Explorador Radical!”.

A concentração na sede no dia 10 de Abril deu-se cedo na manhã de sábado. Como a catequese estava em férias de Páscoa, foi possível partirmos mais cedo. De maneira a evitar transtornos e como a viagem era longa, convidamos algumas pessoas a participarem na nossa actividade (nomeadamente o Chefe de Agrupamento) que, para além da companhia que era sempre bem vinda, tornou possível a deslocação de todos para Pitões de Júnias. Como a viagem era para uma zona das mais belas do nosso pais, foram obrigatórias algumas paragens para apreciar as belas paisagens por onde passávamos.

Sem transtornos pelo caminho, a aldeia de Pitões de Júnias surgiu no horizonte, com o Gerês por detrás, apresentando um cenário digno do mais talentoso pintor…

Depois de um almoço revigorante, a serra chamava-nos. E a capela, que era o objectivo a atingir, lá estava como apenas um pequeno ponto branco na imensidão de rocha que Deus criou!

Lá nos pusemos a caminho e logo tivemos o nosso primeiro encontro inesperado: algumas das personagens características destas paragens teimavam quererem parecer um obstáculo. Mas nada que demovesse estes valente exploradores!!!

O início do caminho demonstrou ser fácil: sempre a descer e com umas paisagens fabulosas: esta parte não custou nada fazer. Tomamos a opção de deixar os exploradores irem em patrulha à nossa frente (sempre a uma distância curta) para tentar proporcionar a vivência em patrulha, facto que nos proporcionou uma surpresa agradável, nomeadamente na transposição dos obstáculos que nos apareceram (passaram, em patrulha, obstáculos que mesmo nós tivemos dificuldade em ultrapassar).

A boa disposição foi sempre um elemento presente e serviu para ajudar a enfrentar a segunda parte do trilho.

Depois de passarmos por um bosque belíssimo, banhado por alguns cursos de água tão característicos da serra do Gerês, a serra escarpada apareceu-nos de frente. A parte fácil tinha acabado: começava a subida em direcção à capela. A aldeia de Pitões já nos aparecia como uma paisagem longíqua, daqueles que aparecem em postais.

A abundância de vegetação e de água, deu lugar a uma paisagem mais árida, mais despida, mas que nos lembra que somos realmente pequenos.

A tarefa parecia impossível, mas lá começaram a surgir uns vestígios que nos indicavam que a capela estava próxima. A dificuldade parecia não parar de aumentar mas o prémio era grande demais para desistirmos: o objectivo a atingir era o verdadeiro impulsionador desta recta final.Depois de um último esforço, o primeiro sinal da capela. E a nossa surpresa com o comportamento dos nossos exploradores: nós que sempre os julgamos como meninos tão diferentes do que fomos, ficamos espantados quando os encontramos todos juntos, sentados, a admirar a paisagem fabulosa. Tinham atingido o seu objectivo e era notória a satisfação por esse facto espelhada no seu rosto.

Tivemos, então, direito a um merecido descanso e conseguimos desfrutar das paisagens magnificas que, de qualquer ângulo que observássemos a nossa envolvência, se apresentavam.

O local era realmente bom para se estar. Mas não podia ser. Estava na altura de iniciar a nossa descida. E depois de um objectivo atingido, já nada podia parar estes exploradores radicais.

Conforme previsto, a descida tinha um “posto” que estava relacionado com a aprendizagem de um desporto: Rugby! O parque das merendas era o local ideal para o workshop.

Os guias estavam responsáveis por ensinar aos restantes elementos as regras básicas e, com a nossa ajuda, pudemos bater umas bolas, realizar umas “formações” para apreender as ideias principais desse desporto.

A noite aproximava-se a passos largos e, com ela, a vontade de repor as forças dispendidas ao longo da extenuante jornada. Deu-se então início a outro dos objectivos apontados para esta actividade: iniciar a formação dos elementos na arte da culinária básica. Os fogões foram ligados, lágrimas foram derramadas (apenas por causa das cebolas), as panelas foram colocadas ao lume e lá se foram preparando manjares dignos dos exploradores que somos!!!

Depois das forças estarem retemperadas, de a fome ter sido esquecida e de tudo ter sido devidamente limpo e arrumado, era então hora de dar início ao nosso fogo de conselho. Cada patrulha preparou a sua animação, incluindo a Patrulha Pintainho (a patrulha da equipa de animação), e as suas apresentações foram positivas, apesar de alguns aspectos terem que ser melhorados.

O fogo de conselho terminou, as chamas foram apagadas e o silêncio imperava. Era chegada a hora de procurar a bomba que os terroristas esconderam nas terras de Pitões de Júnias. Os lobos circundavam a zona, por isso era necessário andar sempre em patrulha e em muito silêncio. A busca não foi muito demorada, e nem a proximidade do cemitério da aldeia fez com que os exploradores hesitassem na busca do engenho que podia destruir toda a humanidade.

Como a hora já ia adiantada e o cansaço começava a pesar, era, então, tempo de agradecermos a Deus o dia bem passado e de pedirmos graças para o dia que se aproximava.

A noite foi bem dormida, e depois de um pequeno-almoço bem preparado pelos nossos cozinheiros, era chegado o momento do nosso encontro mais profundo com Deus. E que melhor ocasião para isso do que a participação na Eucaristia? A Eucaristia foi, igualmente, um momento propício para a percepção da riqueza das tradições que estão espalhadas por esta parte do país.

Findada a Eucaristia, era chegada a hora de dar novo esticão aos músculos das pernas. A visita ao Mosteiro e à Cascata que existem nos arredores de Pitões das Júnias impunha-se. E valeu bem a pena o pequeno esforço. As paisagens são fabulosas e a alma fica pacificada com o vislumbre de tais cenários!!!

Depois de todos os sentidos terem sido recompensados por estes lugares, impunha-se novamente o restabelecimento das forças para podermos dar seguimento ao dia.

O almoço foi servido e o reboliço da volta à nossa pequena aldeia teve início. Tudo tinha que ser arrumado, limpo e deixado um pouco melhor que o que encontramos.

Mas a agitação da arrumação teve que ser interrompida. Tínhamos uma última participação na vida de Pitões. Como se celebrava a Páscoa em Pitões nesse fim-de-semana, aproveitamos para também participar nesse acontecimento tão importante da vida de um Católico. A presença de Cristo a anunciar a salvação foi um incentivo a aumentarmos a nossa participação na vida de uma igreja que, hoje mais que nunca, precisa do empenho de jovens como nós.

Terminada toda a arrumação e preparação para a viagem, era então hora de nos pormos a caminho para podermos regressar às nossas vidas que recomeçariam no dia seguinte.



De Filmes