domingo, novembro 01, 2009

Drave - O inicio de um novo ano escutista para o Clã


Drave – Aldeia linda, cheia de belas paisagens, natureza acolhedora…
O palco ideal para a primeira actividade do Clã nº 20 neste novo ano escutista que se inicia.
Era sexta-feira, dia 9 de Outubro de 2009. O dia á muito esperado. Era finalmente a altura de passar á acção.
Tudo começou na sede, onde pelas 23h00 partimos rumo á “Aldeia Mágica”. Aí tivemos o “primeiro choque”, a primeira experiencia de tranquilidade, a primeira visão da montanha... Uma montanha coberta pela escuridão que parecia submergir o Homem. E depois, o resto do caminho, passo após passo, curva depois de curva, ora a subir ora a descer (mas é claro que houve tempo para as habituais quedas e as tradicionais paragens, sem esquecer claro a chouriça). O nosso cansaço ia crescendo, na mesma medida que ia crescendo o nosso desejo de, finalmente, ver a Base Nacional da IV Secção…
Quando chegamos a Drave a ansiedade permanecia pois a escuridão não permitia de modo nenhum a percepção da enorme beleza que nos rodeava. E fomos descansar, não era um hotel de 5 estrelas, mas era muito melhor, era uma (ou duas) tendas rodeadas por milhares de estrelas…
A alvorada suou com o dia já bastante avançado, lentamente os caminheiros foram saindo das tendas olhavam ao redor e ouvia-se dizer “que lindo”; “espectacular”… pois era mesmo, lá estava a velha aldeia com cerca de uma dúzia de casas construídas em xisto, num vale rodeado de montanhas e riachos com a sua água límpida e cristalina, sem electricidade, sem comunicações e longe da civilização saboreando aqueles momentos de paz e tranquilidade. Demos graças a Deus e pedimos força para a nossa jornada.
Visitamos a aldeia pois para alguns era a primeira vez que visitavam a base. Foi-nos proposto como serviço a limpeza de todo o lixo que poderia tirar a beleza natural aldeia. Serviço este fácil de execução, talvez não desempenhado com ânimo suficiente, mas foi cumprido… Para os noviços houveram ainda praxes que não podiam ser esquecidas neste inicio de ano, nesta actividade de recepção…
Após o almoço o Clã tencionava percorrer o trilho do cume, mas ficou-se só pela intenção pois não conseguimos encontrar o trilho e acabamos por seguir um outro e pequeno caminho. Durante o percurso deste realizamos aquilo que se pode considerar o elemento de referencia para o caminheiro, que o ajuda a traçar o seu próprio caminho, com vista a um crescimento pessoal e progressivo em diferentes dimensões da vida, e o auxilia dia-a-dia, ajudando transformar-se no Homem Novo… Sim, estou a falar do Projecto Pessoal de Vida, cada um idealizou o seu escrevendo-o (para talvez futuramente, quem sabe, naquela aldeia mágica o rever e fazer nova introspecção).
Já o sol teimava em esconder-se quando regressamos ao local de pernoita…Ainda houve tempo de ir às lagoas, mas poucos foram, embora o apetite era muito mas a água era gelada. Só então era altura do jantar reforçado (ou não) …
A noite terminou com a realização da Celebração da Palavra e uma contextualização do evangelho para os momentos e sensações vividas na Drave. Ensejo este, sem duvida, enriquecedor…
Já me ia esquecendo, é claro que não íamos descansar sem antes comer as chouriças, umas castanhas e umas bolachas…
O novo dia (11 de Outubro) começou com uma oração ao nosso Divino Chefe. Entretanto já estava tudo pronto para a partida, por fim, tudo tinha de acabar…ou não…Trazemos desta caminhada marcas que nunca se apagarão…

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