Boas!!!
De há uns três anos para cá, o clã 20 do agrupamento 083 de Airão Santa Maria tem mantido uma tradição (se é que já podemos chamar de tradição) de “visitar” um local que aprendemos a amar, e que tem marcado a vida de todos os que lá têm ido para “crescer”.
No passado dia 24 de Abril de 2007, o clã juntou-se, pela hora do lusco-fusco (bem, talvez já estivesse a acabar esse período diário), na sede do agrupamento 083, preparados para uma caminhada de volta à DRAVE. Depois de todos os preparativos, lá nos pusemos a caminho, chegando, como de costume, já no início da madrugada à Serra de S. Macário, onde demos início à descida do vale encantado, rumo à aldeia perdida no tempo, aldeia esta que nos enche o espírito sempre que lá voltamos!!!
A descida, com as paragens da praxe, fez-se calmamente, e como chegamos já madrugada dentro, decidimos pernoitar (melhor, fechar e abrir os olhos) sob o céu estrelado!!! E que céu!!!
A curta noite passou a correr, e lá chegou o astro rei para nos dar os bons dias!!! Depois do pequeno almoço e da oração da manhã, lá nos pusemos a caminho para cumprirmos o objectivo a que nos tinhamos proposto para este dia: chegar, através dos trilhos turtuosos e difíceis, às aldeias vizinhas (estas ainda habitadas): Regoufe e Covelo de Paivó. O caminho foi difícil, mas espectacular!!! A paisagem virgem, intimamente ligada aos ribeiros e regos de água em que quedas de água deslumbrantes eram um aspecto constante, acompanhou-nos o caminho todo. No fim do caminho (na verdade foi a meio, já que tivemos que fazer o caminho de volta) retemperamos as forças: um banho num dos cursos de água cristalinha que nos acompanhou, coroado com umas laranjinhas que umas simpáticas senhoras locais nos ofereceram.
Com as forças retemperadas, voltamos à base, e podemos dizer que, depois de um belo jantar, o dia ficou por aqui!!!
No dia seguinte, depois de muitas escorregadelas durante a noite (parecia que nos queriam deitar à água), lá nos visitou, novamente, o astro rei. Com o início deste dia, demos início à segunda etapa a que nos tinhamos proposto: cumprir o programa Sol. O programa Sol é um dos programas propostos pela equipa de gestão da Base Nacional da IV aos clãs que a ela se dirigem, ligado à reflexão e ao encontro contigo mesmo e com Deus! A caminhada, por vales regados por águas cristalinas, levou-nos a Palhais, um amplo espaço a montante de Drave, apropriada para um encontro com Deus e para uma viagem ao íntimo de cada um de nós!!! Depois da busca do nosso tesouro, voltamos para retemperar forças e pôr mãos à obra na ajuda, mais uma vez, da reconstrução da nossa aldeia perdida no vale escavado pela natureza. Desta vez, os troncos qe carregamos foram leves. Nem deram para recordar aqueles que tanto nos fizeram suar (esse lá estavam a recordar-nos que muito podemos fazer para ajudar)!!! No fim do serviço, aproveitamos um fim de tarde soalheiro e convidativo, para uma incursão no vale encantado que haviamos descoberto pela manhã. A água estava convidativa e revigorante (apesar de fria)!!!
Ja depois do jantar, deslocamo-nos à casa do silêncio para o momento, na minha opinião, mais marcante desta actividade. Este momento iniciou-se com o reconhecimento, por parte de cada um de nós, da dificuldade em sermos Homens Novos, como S. Paulo nos convida. Aceitamos esta dificuldade, mas disposemo-nos a deixar para trás parte do que dificulta esta transformação. Selamos este compromisso com o Fogo, símbolo de Deus. Este Fogo que nos queima o coração, que nos dá forças para avançar, faz com que deixemos para trás aquilo que julgamos que nos prende ao homem velho. Não digo que saímos da casa do silêncio como Homens Novos: mas digo que, com certeza, saimos mais perto de atingir esse ideal.
Mas a noite não ficou por aí, e o nosso rumo ao Homem Novo continuou. E que sorte que temos!!!
E perguntam-se: SORTE???!!!
Eu explico: temos um anjo da guarda. Um anjo que, do alto dos céus, nos protege, aconselha e guia rumo a esse Homem.
Sim, esse anjo é o nosso Bruno, anjo que nunca nos deixa, nunca nos abandona e que nós nunca esqueceremos (“Não para recordar, mas para nunca esquecer....”).
No dia em que passavam cinco meses daquele dia triste, o Clã 20 prestou uma merecida homenagem a esse Anjo, num dos locais que marcaram a caminhada do Bruno!!! Foi um momento fortíssimo para todos nós, mas em que todos sentimos a sua mão reconfortante a pousar no nosso ombro, indicando-nos o caminho rumo ao futuro, rumo a Deus, rumo ao Homem Novo!!!
A noite foi culminada por outro momento sem o qual não conseguimos viver: a Sagrada Eucarístia, preparada Núcleo Oriental de Lisboa, presente em Drave nessa mesma altura. Eucarístia repleta de momentos marcantes, em que podemos ressaltar o momento do lava pés: momento em que todos buscamos o nosso interior, a nossa disponibilidade para o serviço e para os outros.
A noite terminou como tinha começado: em silêncio, ouvindo-se apenas a natureza que nos rodeava!!!
Já no domingo (27 de Abril), depois de tudo preparado para o regresso, depois de uma oração para despedida, depois das fotos do costume, deixamos para trás, através de subidas tortuosas, aquele paraíso, aquele local mágico, onde, sem se perceber muito bem, nos sentimos átomos minúsculos de um universo gigante, mas ao mesmo tempo estrelas que fazemos parte deste Conglomerado a que chamamos Terra, parte de uma Galáxia a que chamamos Escutismo, parte desta Constelação que é o nosso Clã!!! E como estrelas que somos, não podemos deixar que esta luz, que Deus nos deu, se desperdice: temos que a difundir pelo Mundo. E não precisamos, obrigatoriamente, de ir muito longe. O mundo começa no nosso próximo. E muitas vezes, não nos conseguimos aperceber que é ele quem mais precisa de um pouco de luz.
Fico por aqui, mas espero que para o próximo ano, cá estejamos novamente para difundir um pouco mais da luz que temos em nós e para mostrar que essa luz se tem tornado mais forte, mais aberta, mais acolhedora, mais irmã... mais HOMEM NOVO!!!
De há uns três anos para cá, o clã 20 do agrupamento 083 de Airão Santa Maria tem mantido uma tradição (se é que já podemos chamar de tradição) de “visitar” um local que aprendemos a amar, e que tem marcado a vida de todos os que lá têm ido para “crescer”.
No passado dia 24 de Abril de 2007, o clã juntou-se, pela hora do lusco-fusco (bem, talvez já estivesse a acabar esse período diário), na sede do agrupamento 083, preparados para uma caminhada de volta à DRAVE. Depois de todos os preparativos, lá nos pusemos a caminho, chegando, como de costume, já no início da madrugada à Serra de S. Macário, onde demos início à descida do vale encantado, rumo à aldeia perdida no tempo, aldeia esta que nos enche o espírito sempre que lá voltamos!!!
A descida, com as paragens da praxe, fez-se calmamente, e como chegamos já madrugada dentro, decidimos pernoitar (melhor, fechar e abrir os olhos) sob o céu estrelado!!! E que céu!!!
A curta noite passou a correr, e lá chegou o astro rei para nos dar os bons dias!!! Depois do pequeno almoço e da oração da manhã, lá nos pusemos a caminho para cumprirmos o objectivo a que nos tinhamos proposto para este dia: chegar, através dos trilhos turtuosos e difíceis, às aldeias vizinhas (estas ainda habitadas): Regoufe e Covelo de Paivó. O caminho foi difícil, mas espectacular!!! A paisagem virgem, intimamente ligada aos ribeiros e regos de água em que quedas de água deslumbrantes eram um aspecto constante, acompanhou-nos o caminho todo. No fim do caminho (na verdade foi a meio, já que tivemos que fazer o caminho de volta) retemperamos as forças: um banho num dos cursos de água cristalinha que nos acompanhou, coroado com umas laranjinhas que umas simpáticas senhoras locais nos ofereceram.
Com as forças retemperadas, voltamos à base, e podemos dizer que, depois de um belo jantar, o dia ficou por aqui!!!
No dia seguinte, depois de muitas escorregadelas durante a noite (parecia que nos queriam deitar à água), lá nos visitou, novamente, o astro rei. Com o início deste dia, demos início à segunda etapa a que nos tinhamos proposto: cumprir o programa Sol. O programa Sol é um dos programas propostos pela equipa de gestão da Base Nacional da IV aos clãs que a ela se dirigem, ligado à reflexão e ao encontro contigo mesmo e com Deus! A caminhada, por vales regados por águas cristalinas, levou-nos a Palhais, um amplo espaço a montante de Drave, apropriada para um encontro com Deus e para uma viagem ao íntimo de cada um de nós!!! Depois da busca do nosso tesouro, voltamos para retemperar forças e pôr mãos à obra na ajuda, mais uma vez, da reconstrução da nossa aldeia perdida no vale escavado pela natureza. Desta vez, os troncos qe carregamos foram leves. Nem deram para recordar aqueles que tanto nos fizeram suar (esse lá estavam a recordar-nos que muito podemos fazer para ajudar)!!! No fim do serviço, aproveitamos um fim de tarde soalheiro e convidativo, para uma incursão no vale encantado que haviamos descoberto pela manhã. A água estava convidativa e revigorante (apesar de fria)!!!
Ja depois do jantar, deslocamo-nos à casa do silêncio para o momento, na minha opinião, mais marcante desta actividade. Este momento iniciou-se com o reconhecimento, por parte de cada um de nós, da dificuldade em sermos Homens Novos, como S. Paulo nos convida. Aceitamos esta dificuldade, mas disposemo-nos a deixar para trás parte do que dificulta esta transformação. Selamos este compromisso com o Fogo, símbolo de Deus. Este Fogo que nos queima o coração, que nos dá forças para avançar, faz com que deixemos para trás aquilo que julgamos que nos prende ao homem velho. Não digo que saímos da casa do silêncio como Homens Novos: mas digo que, com certeza, saimos mais perto de atingir esse ideal.
Mas a noite não ficou por aí, e o nosso rumo ao Homem Novo continuou. E que sorte que temos!!!
E perguntam-se: SORTE???!!!
Eu explico: temos um anjo da guarda. Um anjo que, do alto dos céus, nos protege, aconselha e guia rumo a esse Homem.
Sim, esse anjo é o nosso Bruno, anjo que nunca nos deixa, nunca nos abandona e que nós nunca esqueceremos (“Não para recordar, mas para nunca esquecer....”).
No dia em que passavam cinco meses daquele dia triste, o Clã 20 prestou uma merecida homenagem a esse Anjo, num dos locais que marcaram a caminhada do Bruno!!! Foi um momento fortíssimo para todos nós, mas em que todos sentimos a sua mão reconfortante a pousar no nosso ombro, indicando-nos o caminho rumo ao futuro, rumo a Deus, rumo ao Homem Novo!!!
A noite foi culminada por outro momento sem o qual não conseguimos viver: a Sagrada Eucarístia, preparada Núcleo Oriental de Lisboa, presente em Drave nessa mesma altura. Eucarístia repleta de momentos marcantes, em que podemos ressaltar o momento do lava pés: momento em que todos buscamos o nosso interior, a nossa disponibilidade para o serviço e para os outros.
A noite terminou como tinha começado: em silêncio, ouvindo-se apenas a natureza que nos rodeava!!!
Já no domingo (27 de Abril), depois de tudo preparado para o regresso, depois de uma oração para despedida, depois das fotos do costume, deixamos para trás, através de subidas tortuosas, aquele paraíso, aquele local mágico, onde, sem se perceber muito bem, nos sentimos átomos minúsculos de um universo gigante, mas ao mesmo tempo estrelas que fazemos parte deste Conglomerado a que chamamos Terra, parte de uma Galáxia a que chamamos Escutismo, parte desta Constelação que é o nosso Clã!!! E como estrelas que somos, não podemos deixar que esta luz, que Deus nos deu, se desperdice: temos que a difundir pelo Mundo. E não precisamos, obrigatoriamente, de ir muito longe. O mundo começa no nosso próximo. E muitas vezes, não nos conseguimos aperceber que é ele quem mais precisa de um pouco de luz.
Fico por aqui, mas espero que para o próximo ano, cá estejamos novamente para difundir um pouco mais da luz que temos em nós e para mostrar que essa luz se tem tornado mais forte, mais aberta, mais acolhedora, mais irmã... mais HOMEM NOVO!!!
"Bruno Pereira"